PODE SER VOÇÊ, DEBORA DE OLIVEIRA SILVA
Esse é um momento muito especial do ano, onde Deus te coloca no primeiro degrau de uma escada rolante e você está prestes a subir e chegar ao topo. Na Igreja Primitiva, a Páscoa era a celebração mais importante do ano e creio que isso é algo que Deus está restaurando na Igreja dos nossos dias, um momento que foi roubado de nós durante a idade das trevas. Mas Deus quer restituir tudo aquilo que perdemos. Ele quer ver uma Igreja que opera em um poder maior do que vemos no livro de Atos.
Hoje olharemos para a celebração da Páscoa e para o fato de termos sido redimidos pelo sangue do Cordeiro, sendo libertos para entrarmos nas promessas. Deus nos deu muitas promessas magníficas e preciosas. E através delas nos tornamos participantes da natureza divina. Essas promessas, que alguns contabilizam como sete mil, incluem: cura, provisão, alegria e realização. Contudo, muitos crentes não experimentam tais promessas.
Muitos crentes vivem debaixo da opressão do inimigo e não debaixo das bênçãos de seu Pai de amor. Então, a pergunta aqui é: Como podemos ser livres da escravidão e do jugo, entrando no reino da promessa? Israel tinha promessas e precisava entrar nelas: uma terra de bênçãos tremendas. Eles viviam como escravos no Egito, debaixo da opressão de seus mestres cruéis. Só que Deus tinha um plano para libertar os Israelitas, e esse plano chamava-se Páscoa.
A Páscoa é, portanto, o plano de Deus para a liberdade. Na Páscoa, Ele livrou a Israel das mãos de seus inimigos libertando-os para que pudessem obter a promessa. E na celebração desse evento, Deus deu ao povo uma festividade anual. Quando celebramos a Páscoa, Deus quer que recebamos um novo nível de fé, para que assim, a cada ano, entremos também em um maior nível das bênçãos que Ele tem para nós.
A Páscoa é um modo de reviver os grandes feitos de Deus no passado, lembrando-nos das chaves para a liberdade no presente. E através da Páscoa, obtemos a fé para alcançarmos as promessas de Deus para o nosso futuro.
A Páscoa também é uma celebração de livramento. Ela foi designada para nos libertar da opressão do inimigo, abrindo um caminho até a presença e o poder de Deus.
A Páscoa é uma das três celebrações anuais de encontro com Deus, celebrações estas que são como uma jornada que nos levam até a presença Dele. O ponto de partida dessa jornada anual é a Páscoa, que celebra a redenção das mãos do inimigo (que nos foi dada através da cobertura do sangue) e a limpeza (remoção de toda impureza).
A história da Páscoa é narrada em Êxodo 12:3-14. Para os judeus, a Páscoa era uma celebração do poder de Deus, que os libertou da escravidão do Egito. Mas a libertação de Israel não veio através de um exército forte e poderoso, mas sim através do menor, mais fraco e mais inocente ser que poderia existir: um cordeiro sem mácula. Só que mais importante que esse cordeiro era o sangue dele. Se um cordeiro fofinho tivesse sido amarrado na porta das casas dos israelitas, isso não lhes traria benefício algum. O que o anjo da morte estava procurando era o sangue, e não um cordeiro.
Através do sangue daquele cordeiro, Israel foi redimida, e o julgamento de Deus passou deles. Os deuses do Egito é que foram julgados e tiveram seus poderes quebrados. A partir disso, os israelitas ficaram livres para entrarem na terra prometida. Para os crentes, a Páscoa é a celebração da nossa liberdade também, pois éramos escravos debaixo do jugo de um mestre cruel: satanás.
Vamos olhar agora para os passos dados pelos judeus para a celebração da Páscoa. Em primeiro lugar, o cordeiro era selecionado. O cordeiro pascoal era escolhido no décimo dia do primeiro mês. No tempo de Jesus, somente os cordeiros de Belém eram considerados aptos para tornarem-se cordeiros pascoais. E o cordeiro escolhido era trazido à Cidade do Leste (abaixo do Monte das Oliveiras) e entrava pela Porta das Ovelhas.
No décimo dia do primeiro mês, Jesus desceu do Monte das Oliveiras e entrou em Jerusalém através da Porta das Ovelhas. Sua entrada ficou conhecida como “A Entrada Triunfal”, o que chamamos de “Domingo de Ramos”. As pessoas balançavam ramos e diziam: “Bendito é o que vem em nome do Senhor! Salve-nos, filho de Davi!” Em outras palavras: aquelas pessoas estavam dizendo: “Tu és o Messias!” Naquele dia, as multidões selecionaram a Jesus como seu Cordeiro Pascal.
Vamos olhar agora para o segundo passo. Depois de escolhido, o cordeiro era examinado, para ver se existiam manchas nele. Somente um cordeiro perfeito e sem mácula poderia servir para a Páscoa.
Quando Jesus vai ao templo para ensinar, é abordado pelos fariseus, saduceus e doutores da lei. Cada um desses grupos se dirige a Ele fazendo uma pergunta difícil. Estavam procurando possíveis manchas que poderiam desqualifica-Lo como o Messias. Mas ninguém foi capaz de encontrar culpa em Jesus, pois nEle não havia mácula.
Terceiro passo: o fermento precisava ser lançado fora durante aquela semana. Toda impureza deveria ser tirada das casas dos israelitas. Neste período, Jesus entrou no templo e expulsou todos os que queriam fazer de comércio a Casa de seu Pai. Ele estava seguindo as instruções bíblicas para preparar-se para a Páscoa, limpando a casa do Pai.
Finalmente, chega o dia do sacrifício do cordeiro. Na décima quarta manhã do primeiro mês, quando tudo foi colocado em ordem, o cordeiro é guiado até o altar. Às nove horas dessa manhã, o cordeiro era amarrado ao altar e exposto ao público. Na décima quarta manhã do primeiro mês, quando tudo havia sido cumprido, Jesus foi levado ao calvário. Às nove horas daquela manhã, Ele foi pregado na cruz e exposto a todos que ali passavam.
Outro passo: o cordeiro era sacrificado. Às 15h o sumo-sacerdote subia ao altar. Enquanto outro sacerdote toca o shofar no templo, o sumo-sacerdote corta a garganta do cordeiro do sacrifício e declara: “Está consumado.” Às 15h do santo dia, Jesus bradou em alta voz: “Está consumado!” E entregou seu espírito. No grego, tal expressão se escreve com apenas uma palavra: Tetelistai! E significa: “A dívida foi totalmente paga!”.
A Páscoa é um tempo para celebrarmos a nossa liberdade, lembrando-nos da época em que o inimigo nos mantinha em jugo de escravidão, mas que Deus nos trouxe a um lugar onde não há choro. Jesus veio para nos libertar de todo o poder e de todas as obras do inimigo. A celebração da Páscoa é um memorial, um momento onde nos lembramos de como Deus nos encontrou. Quantos não estariam vivos hoje se não tivessem encontrado a Jesus Cristo?
A Páscoa é um dia para recordarmos da dor e da crueldade da escravidão do Egito e para provamos da amargura da opressão, mas é também um dia de lembramos de que Deus nos trouxe o livramento através do sangue do Cordeiro. É o tempo de trazer à memória o Cordeiro Pascal que foi sacrificado para nos livrar da opressão. O sangue de Jesus é a nossa maior arma contra o inimigo! A sua confissão mais poderosa é: “Fui redimido, pelo sangue do Cordeiro, das mãos do meu inimigo!” Esse é o aspecto mais importante da Páscoa.
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