John Bunyan
John Bunyan nasceu na Inglaterra em 1628. Seus pais, apesar de viverem
em extrema pobreza, conseguiram ensiná-lo a ler e a escrever. Viveu uma
vida muito desregrada a princípio, a ponto de intitular-se “o principal
dos pecadores”, e que era muito “bem sucedido até na impiedade”. Contudo
casou-se com uma moça de família crente. Bunyan era funileiro, e muito
pobre.
Sentia-se condenado às penas eternas e
então passou a buscar o Senhor. Orando e chorando, um dia ele clamou:
“Ó Senhor, mostra-me, eu Te rogo, que me amas com amor eterno!”. Logo
que clamou, voltaram a ele as palavras, como um eco: “Eu te amo com amor
eterno!”. Segundo ele, naquela noite deitou-se para dormir em paz e, ao
acordar, no dia seguinte, a mesma paz permanecia em seu coração. E,
segundo ele, o Senhor lhe assegurou: “Amei-te enquanto vivias no pecado,
amei-te antes, amo-te depois e amar-te-ei por todo o sempre”.
Tendo-se
aprofundado na experiência com o Senhor, passou a servi-Lo com
abnegação. Passou então a se preocupar com a alma dos perdidos e a
pregar. Falava com tal denodo e convicção que as pessoas mostravam-se
comovidas e angustiadas no espírito ao perceberem o horror do seu pecado
e a necessidade de aceitar a Jesus Cristo.
Então
começou o ataque de Satanás. A princípio, atacando-o no seu íntimo, na
sua mente, tentando-o a vangloriar-se sobre o fruto do seu ministério e
cair na condenação do Diabo. Certa vez, um dos ouvintes disse-lhe que
pregara uma ótima mensagem. A isso ele respondeu:”Não precisa dizer-me
isso; o Diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido agora há pouco”.
Depois,
Satanás suscitou os ímpios para caluniá-lo e espalhar boatos em todo o
país, a fim de induzi-lo a abandonar o seu ministério. Chamavam-no de
feiticeiro, jesuíta, que tinha duas esposas e que os seus filhos eram
ilegítimos.
Ainda mais, denunciaram-no por não
observar os regulamentos dos cultos da igreja oficial (Anglicana). As
autoridades civis o sentenciaram à prisão perpétua, recusando
terminantemente a revogação da sentença, apesar de todos os esforços de
seus amigos e dos rogos de sua esposa tinha de ficar preso até se
comprometer a não mais pregar. A isso, ele replicava: “Se eu sair hoje
da prisão, pregarei amanhã, com o auxílio de Deus”.
Passou mais de doze anos encarcerado na prisão de Bedford.
Depois
de liberto, pregou em Bedford, em Londres e em muitas outras cidades.
Continuou o seu ministério fielmente até a idade de sessenta anos,
quando foi atacado de febre e faleceu, em 1688.
Sua
vida tem semelhanças com a de Paulo. Como este, pregava com tal
intrepidez que incorreu na ira da religião organizada da época. Também
como Paulo, a intriga da religião o entregou nas mãos do poder secular
para ser encarcerado. E ainda, também como o apóstolo, escreveu na
prisão. É muito conhecido pela sua obra: “O Peregrino”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário