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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Por Que Sofre o Justo?

Teologia - História Livre
Por Que Sofre o Justo?
Marcos Emílio Ekman Faber

É difícil para nós, cristãos, compreender porque os justos sofrem. Mas é fato que muitos crentes fieis tem sofrido. Quando é feito um apelo na Igreja e o pastor chama a frente aqueles que estão sofrendo para que recebam oração, boa parte da congregação vai a frente. Os motivos do sofrimento são vários, os mais comuns são os relacionados a problemas conjugais, problemas com os filhos, com a saúde e problemas financeiros. Também existem igrejas em lugares onde o Evangelho é proibido e estas igrejas são perseguidas, e toda uma comunidade de crentes fieis sofre. Mas por que estes crentes têm sofrido? Porque os justos sofrem?
É importante antes de tudo, entender o que é um justo. O primeiro exemplo bíblico de um homem justo foi o do patriarca Noé, pois ele era “homem justo, íntegro entre o povo de sua época” (Gn 6.9a) e quando Deus falou com Noé disse: “você é o único justo que encontrei nesta geração” (Gn 7.1). Mas o que definia Noé como sendo justo era que “ele andava com Deus” (Gn 6.9b), este é o princípio do homem justo. Para ser justo é necessário andar com Deus e ser justificado por Ele. “Pois o Senhor é justo, e ama a justiça; e os retos verão a sua face” (Sl 11.7).
Portanto somente é justo aquele que é justificado por Deus e para isso necessita arrepender-se de seus maus caminhos e tomar os caminhos de Deus, somente é justo aquele que anda com Deus, pois este é justificado por Ele. Jesus justificou a todos na cruz, mas só os que Nele creram “Aquele que nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8.32-33), pois “não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus” (Rm 3.10). Somente são justos os que estão debaixo da justificação de Deus através do sacrifício de Jesus.
Mas nem mesmo o justo Noé deixou de passar por provações tremendas, imagine nos dias de hoje Deus pedindo a um de nós que construamos uma Arca para resistir a um dilúvio universal. Imagine como ficou a cabeça de Noé durante o período de construção da Arca, as pessoas passando por perto e chamando o Noé de louco, ou então a esposa de Noé olhando o trabalho do marido e perguntando a ele se ele tinha certeza do que está fazendo. Imagine os filhos sofrendo com o julgamento e o escárnio dos vizinhos e amigos por causa da “loucura” do pai. Mas Noé não desistiu e teve sua família a seu lado. Mas ao final de todo este período de provações, Noé e sua família foram os únicos poupados de toda a humanidade e Deus firmou uma aliança com Noé, “Vou estabelecer minha aliança com vocês e com seus futuros descendentes” (Gn 9.9). Noé venceu a tristeza e após este período de tribulações, Noé, experimentou a graça de Deus e sua misericórdia.
Creio que existam duas causas de um crente sofrer. A primeira causa é vinda do pecado, é o sofrimento decorrente da desobediência a Deus ou em decorrência de ações e decisões incorretas, como por exemplo quando um crente toma uma decisão precipitada sem consultar a Deus. Sem consultar a Deus o crente toma decisões que vão contra o plano de Deus para nossas vidas, iremos sofrer, pois nossos planos irão fracassar, pois não estamos agindo conforme a vontade do Senhor. E quando pecamos, estamos abrindo uma brecha para que Satanás possa agir naquela área em que estamos pecando, e então passamos a sofrer.
A outra forma de um justo sofrer é quando este é provado por Deus. Quando Deus coloca o crente num momento limite de crise, visando seu crescimento. Para crescer, o cristão, terá de ser provado. Esta provação pode lhe causar um passageiro sofrimento. Porém, se o crente hesitar ou não aceitar a prova a que esta sendo submetido, não poderá vencê-la e então o sofrimento se estenderá na vida daquela pessoa até que ela compreenda o que se passa com ela e então poderá vencer aquela tribulação.
Sem esquecer que o sofrimento pode vir de desobediência ou em conseqüência do pecado, creio que o sofrimento do justo ocorre geralmente em decorrência de uma provação à que este está sendo submetido por Deus. Somente sofre porque esta sendo provado por Deus. Pois “o Senhor prova o justo” (Sl 11.5). Pois o Senhor nos alerta: “Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3.11-12). A disciplina de Deus para Seus filhos amados pode causar sofrimentos, pois nós, Seus filhos, nem sempre conseguimos discernir aquilo que é melhor para nós, mas o Senhor sabe.
Mas porque o Senhor prova o justo? Porque Deus nos prova? Certa vez ouvi uma pregação em que o pastor falava que assim como na escola ou na faculdade nós precisamos de uma prova, algo que teste nossas capacidades a fim de verificar se temos condições de passar de ano, de sermos aprovados. Assim também acontece conosco, quando Deus em Seu plano para nossas vidas deseja que nós cresçamos espiritualmente é necessário que sejamos provados a fim de podermos ser aprovados. A provação tem um caráter educativo. E esta provação pode nos causar sofrimento. Mas o sofrimento é uma provação e é igualmente um meio didático que o Senhor usa na vida dos crentes. “Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estai sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.6-8). Mas não são raras às vezes em que o agir de Deus e a Sua direção em nossas vidas continuará sendo um mistério para nós, principalmente quando Ele manda sofrimento e tristeza. Mas Deus nos revela na Epístola aos Hebreus que “toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hb 12.11).
A História de JÓ é um exemplo típico desta provação de Deus. JÓ era um homem justo e temente a Deus. Porém o Senhor permitiu que Satanás atuasse na vida de JÓ trazendo a ele sofrimentos inacreditáveis. Porém ao final do livro de JÓ, JÓ diz que “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza”. (JÓ 42.5-6). Ou seja, JÓ compreendeu os motivos de seu sofrimento e pôde, então, compreender a Deus, até aquele momento JÓ conhecera a Deus somente pelo que lhe haviam contado a respeito de Deus, mas agora JÓ estava conhecendo a Deus pessoalmente e Deus o abençoou grandemente.
Mas Como podemos ficar consolados em tempos de angústia? O Apóstolo Pedro nos diz que "alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando" (1 Pe 4.13). Em tempos de sofrimento ninguém mais consegue ajudar aquele que sofre a não ser o Senhor. Devemos entregar nosso sofrimento a Deus e esperamos nEele. Paulo em sua Primeira Epístola aos Tessalonicenses, nos diz “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5.16-18). Devemos estar atentos para os caminhos que temos seguido e confiar em Deus dando-lhe glória em todas as coisas e em todas as circunstâncias. Pois Deus " lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as cousas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras (...) O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho" (Ap 21.4-5,7).
Paulo inspirado pelo Espírito Santo nos trás consolo e confiança ao afirmar que "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós." (Rm 8.18). Devemos esperar em Deus e buscar a solução para nossos sofrimentos em nosso Senhor, não há outro a quem possamos recorrer, somente Deus nos libertará. Temos que compreender que se somos filhos de Deus, estamos debaixo de Sua autoridade e devemos lhe render glórias em todas as circunstâncias de nossas vidas, pois somente Deus pode nos ensinar algo até naquilo que não podemos compreender.
Lembremos que se somos justos é porque Deus nos justificou através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz e que portanto estamos livres da condenação, pois ninguém nos poderá condenar. “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.31-39).
A Deus toda a glória!
Citações bíblicas das versões Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Nova Versão Internacional (NVI).

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